Como destaca o filósofo e padre Jose Eduardo de Oliveira e Silva, Maria, mãe da Igreja e de todos os fiéis, é um título que expressa de forma plena a missão materna de Nossa Senhora no plano da salvação. Reconhecida pela Igreja como Mãe do Corpo Místico de Cristo, que é a própria Igreja, Maria exerce um papel singular na história da salvação, unindo sua obediência perfeita à vontade de Deus com um amor maternal que abraça todos os que creem. Ao receber o discípulo amado aos pés da cruz, simbolizando cada um de nós, Maria torna-se mãe espiritual de todos os fiéis, conduzindo-os ao seu Filho. Essa verdade, sustentada pelo Magistério, pela Sagrada Escritura e pela Tradição, não é apenas um dado teológico, mas uma realidade viva na vida da Igreja e na espiritualidade cristã.
Aprofunde-se neste mistério e permita que a maternidade de Maria ilumine e fortaleça sua caminhada de fé, conduzindo-o com ternura ao coração de Cristo.
Como compreender o papel de Maria, mãe da Igreja e de todos os fiéis, à luz da fé católica?
Maria, mãe da Igreja e de todos os fiéis é um título proclamado oficialmente pelo Papa São Paulo VI no encerramento do Concílio Vaticano II, em 1964, confirmando uma verdade já vivida e professada pelos cristãos ao longo dos séculos. Sua maternidade espiritual nasce do ato supremo de amor e entrega ao pé da cruz, onde Jesus, em sua agonia redentora, confia o discípulo amado — e nele toda a Igreja — aos cuidados de Maria. Este gesto revela que, assim como Cristo é a Cabeça da Igreja, Maria é Mãe do Corpo que é formado por todos os batizados.
A fé católica vê nessa maternidade um dom precioso de Deus, pois Maria, repleta da graça divina desde a sua Imaculada Conceição, participa intimamente da missão de Cristo. Sua função não diminui a mediação única de Jesus, mas a serve de modo perfeito, como cooperadora na obra da salvação. A mariologia, ao aprofundar este mistério, ajuda-nos a reconhecer que a maternidade espiritual de Maria não é simbólica, mas real e ativa, acompanhando a vida de cada fiel.
À luz do Magistério e da Tradição, entendemos que Maria continua a exercer sua missão materna no Céu, intercedendo por nós junto a Cristo. Na compreensão do sacerdote Pe. Dr. Jose Eduardo de Oliveira e Silva, ela nos guia na vivência dos sacramentos, fortalece-nos na oração e inspira-nos na defesa da fé, permanecendo sempre próxima da Igreja que peregrina neste mundo.

O que a Bíblia e a Tradição nos revelam sobre essa maternidade espiritual?
A Sagrada Escritura apresenta fundamentos claros para compreendermos Maria como Mãe da Igreja e de todos os fiéis. No Evangelho de João (19,25-27), ao entregar Maria ao discípulo amado e este a receber em sua casa, Jesus estabelece um vínculo indissolúvel entre sua Mãe e todos os discípulos. Esta cena é interpretada, desde os primeiros séculos, como o momento em que Maria é constituída Mãe de toda a comunidade cristã.
A Tradição da Igreja, guiada pelo Espírito Santo, reconheceu e venerou Maria nesse papel materno. Os Padres da Igreja, como Santo Agostinho e São João Damasceno, escreveram sobre a íntima ligação de Maria com a Igreja e sobre como ela gera, pelo Espírito, os membros do Corpo de Cristo. Segundo o católico Pe. Dr. Jose Eduardo de Oliveira e Silva, a liturgia, ao celebrar festas marianas, também reforça essa verdade, colocando Maria como exemplo perfeito de fé e obediência.
Como viver, na espiritualidade cotidiana, essa relação com Maria como Mãe?
Reconhecer Maria como Mãe da Igreja e nossa Mãe nos leva a cultivar uma relação filial profunda com Ela. Isso se concretiza na oração diária, especialmente na recitação do Rosário, que nos insere nos mistérios da vida de Cristo com o olhar de Maria. Essa prática não é mera repetição, mas um caminho de contemplação que fortalece a fé e nos aproxima do coração de Jesus.
No campo pastoral e evangelizador, confiar à intercessão de Maria os frutos da missão é um gesto de humildade e confiança. Ela, que esteve presente no início da Igreja no Cenáculo, continua a interceder para que os discípulos de Cristo sejam perseverantes e corajosos no anúncio do Evangelho. Assim, cada fiel é chamado a imitá-la em sua disponibilidade, pureza e amor.
Para o filósofo Pe. Dr. Jose Eduardo de Oliveira e Silva, viver essa maternidade também significa encontrar em Maria um refúgio seguro nas dificuldades. Ao trazermos nossas lutas e alegrias ao seu Imaculado Coração, encontramos conforto, discernimento e força para seguir no caminho da santidade. Sua presença materna nos inspira a perseverar na fé, mesmo diante das provações, e nos conduz com ternura para mais perto de Cristo. Assim, cada experiência vivida com Ela se torna oportunidade de crescer na confiança e no amor a Deus.
Autor: Dmitry Ignatov