A transformação digital chegou de vez ao campo, e como elucida Aldo Vendramin, empresário e fundador, a chamada pecuária 5.0 representa um novo salto para o setor produtivo brasileiro. Ela une inovação, sustentabilidade e inteligência de dados para tornar o trabalho no campo mais eficiente, previsível e rentável, sem perder o vínculo com a tradição que sempre sustentou a vida rural.
Quais são as inovações mais marcantes para o mercado? E qual seu destaque produtivo na pecuária? Venha entender tudo isso no artigo a seguir!
O que é a pecuária 5.0?
A pecuária 5.0 é a evolução natural das etapas anteriores da produção agropecuária, que começaram com a mecanização e chegaram à era digital. Agora, o foco está na integração de tecnologias inteligentes, tais como sensores, Internet das Coisas (IoT), automação e análise de dados, que permitem acompanhar em tempo real tudo o que acontece nas fazendas.

Como informa o senhor Aldo Vendramin, esse é o ponto de virada da agropecuária moderna, já que não se trata apenas de produzir mais, mas de produzir com precisão, reduzindo desperdícios e garantindo bem-estar animal.
Sistemas automatizados de monitoramento acompanham desde a nutrição e o comportamento do rebanho até o controle de temperatura, umidade e qualidade da pastagem. O resultado é um ciclo de gestão mais eficiente, com menos custos e mais produtividade.
O impacto da automação na pecuária brasileira
A adoção de tecnologias automatizadas vem transformando o modo como o pecuarista toma decisões. Com coleiras eletrônicas, balanças automáticas e sensores de ambiente, é possível saber exatamente quando um animal precisa de ração, vacina ou descanso. Essa precisão reduz perdas e melhora os índices de conversão alimentar, um fator essencial para aumentar o lucro e reduzir o impacto ambiental.
Segundo Aldo Vendramin, a automação também fortalece a sustentabilidade. Cada vez que usamos tecnologia para otimizar recursos, estamos reduzindo emissões, melhorando a qualidade do solo e tornando o negócio mais responsável. A integração entre tecnologia e manejo consciente é o que diferencia a pecuária 5.0 das práticas tradicionais: ela coloca o produtor no controle de cada variável, garantindo previsibilidade e qualidade.
Dados que geram decisões
Outro pilar fundamental da pecuária 5.0 é a gestão de dados. Os sistemas modernos registram informações sobre cada animal: peso, alimentação, saúde, comportamento, e cruzam esses dados para orientar o planejamento. Isso permite identificar padrões, antecipar problemas e ajustar o manejo com base em evidências, e não apenas na experiência. Ao ter essas informações é possível saber se é necessário chamar um profissional da veterinária, investir em outro tipo de alimentação, espaço e etc.
Empresas rurais que adotam essa metodologia já apresentam aumento médio de 15 a 25% na produtividade, além de redução significativa nos custos operacionais. Mas, como ressalta o empresário Aldo Vendramin, o maior ganho é o conhecimento, pois quando o produtor entende o que os dados mostram, ele passa a gerir com inteligência, e não por tentativa.
Sustentabilidade e bem-estar animal
A tecnologia também tem papel essencial na sustentabilidade da pecuária, dado que com sensores de solo e clima, é possível controlar o uso da água, otimizar o consumo de energia e planejar o pastejo rotacionado com base em indicadores ambientais. Além disso, as novas ferramentas ajudam a monitorar o bem-estar animal, tema que vem ganhando força nos mercados internacionais.
Rastreabilidade, conforto térmico, alimentação balanceada e ausência de estresse são exigências cada vez mais presentes nos protocolos de exportação. A fazenda que investe em automação cumpre essas exigências com facilidade, e se torna mais competitiva nos mercados externos.
A sustentabilidade é também um diferencial de imagem, o consumidor quer saber de onde vem o alimento que consome. Ser sustentável é, acima de tudo, uma questão de confiança, reforça o senhor Aldo Vendramin.
O produtor como gestor de inovação
A pecuária 5.0 também muda o papel do produtor rural, visto que de executor, ele passa a ser gestor de inovação, liderando equipes e projetos baseados em tecnologia. O campo se conecta à cidade, e a fazenda se transforma em uma empresa de dados e processos.
Essa transição exige capacitação e mentalidade aberta, como destaca Aldo Vendramin, o produtor que se atualiza tem futuro garantido. Aquele que ignora a tecnologia, infelizmente, corre o risco de ficar para trás. Programas de capacitação e parcerias com instituições de pesquisa têm sido fundamentais para preparar o agro brasileiro para essa nova fase.
A pecuária 5.0 é o símbolo de um novo tempo no campo, um tempo em que a tecnologia trabalha a favor da produtividade e da sustentabilidade. Com sensores, automação e inteligência de dados, o Brasil avança rumo a uma produção mais eficiente, responsável e conectada ao futuro. Essa revolução não substitui o homem do campo, mas o fortalece, resume o empresário.
Autor: Dmitry Ignatov
