Oluwatosin Tolulope Ajidahun elucida que o avanço da reprodução assistida tem impulsionado o desenvolvimento de técnicas inovadoras de seleção espermática, voltadas à melhoria da qualidade dos gametas e ao aumento das taxas de fertilização, implantação e nascimentos saudáveis. Segundo a literatura especializada, novos métodos buscam identificar espermatozoides com melhor integridade de DNA, morfologia e função mitocondrial, reduzindo o risco de falhas embrionárias e abortos precoces.
De acordo com especialistas, a evolução das tecnologias de micromanipulação e análise molecular está transformando a maneira como laboratórios de fertilização in vitro (FIV) selecionam gametas. Abordagens físicas, ópticas e bioquímicas complementam as técnicas tradicionais, permitindo uma triagem mais refinada e personalizada para cada paciente.
Técnicas convencionais e suas limitações
Tosyn Lopes nota que métodos clássicos como “swim-up” e gradiente de densidade permanecem amplamente utilizados, mas possuem limitações. Essas técnicas baseiam-se em motilidade e morfologia, não necessariamente refletindo a integridade do DNA espermático. Homens com fragmentação genômica elevada podem apresentar motilidade normal, levando à seleção de gametas com potencial reprodutivo comprometido.

Por esse motivo, novas tecnologias de seleção foram desenvolvidas para refinar a escolha de espermatozoides viáveis, utilizando marcadores biológicos, campos magnéticos e padrões ópticos avançados. Esses métodos aumentam a precisão e reduzem a dependência de critérios puramente morfológicos.
MACS e microfluídica: avanços na seleção de alta precisão
Oluwatosin Tolulope Ajidahun destaca a técnica MACS (Magnetic-Activated Cell Sorting), que utiliza nanopartículas magnéticas ligadas a anticorpos para remover espermatozoides apoptóticos, preservando apenas células íntegras. Estudos mostram que o uso do MACS reduz a fragmentação de DNA e melhora taxas de implantação em FIV e ICSI.
Outra tecnologia promissora é a microfluídica, que simula as barreiras naturais do trato reprodutivo feminino. Por meio de microcanais, selecionam-se espermatozoides com melhor motilidade e morfologia, sem necessidade de centrifugação, processo que pode gerar estresse oxidativo. A microfluídica oferece seleção mais fisiológica e consistente, sendo especialmente útil em casos de infertilidade idiopática.
Análise morfológica avançada e imagem em alta resolução
Oluwatosin Tolulope Ajidahun comenta que o uso de microscopia de alta resolução, como a técnica IMSI (Intracytoplasmic Morphologically Selected Sperm Injection), permite ampliar a imagem do espermatozoide até 6000 vezes. Isso facilita a exclusão de gametas com vacúolos nucleares e outras anomalias estruturais associadas a falhas de fecundação.
Ademais, o PICSI (Physiological ICSI), baseado na afinidade do espermatozoide por ácido hialurônico, seleciona gametas mais maduros e com DNA íntegro. Pesquisas mostram que o uso combinado de IMSI e PICSI pode aumentar as taxas de gestação clínica e reduzir perdas embrionárias precoces.
Avaliação molecular e inteligência artificial
Tosyn Lopes ressalta que a incorporação da biologia molecular e da inteligência artificial (IA) na reprodução assistida marca uma nova era. Testes de fragmentação de DNA, metilação epigenética e integridade mitocondrial complementam a avaliação seminal convencional. Sistemas automatizados de IA analisam vídeos em tempo real, identificando padrões de movimento e morfologia que indicam maior potencial fértil.
Segundo as tendências laboratoriais, softwares de deep learning permitem padronização e reprodutibilidade dos critérios de seleção, reduzindo vieses humanos. Essa automação aumenta a eficiência e a precisão, especialmente em clínicas de grande volume.
Perspectivas clínicas e aplicabilidade futura
Oluwatosin Tolulope Ajidahun enfatiza que a escolha da técnica ideal depende do perfil clínico e seminal de cada paciente. Em casos de infertilidade idiopática, falhas repetidas de FIV ou elevada fragmentação de DNA, as técnicas emergentes de seleção podem oferecer resultados superiores. No entanto, o custo e a necessidade de treinamento especializado ainda limitam o uso em larga escala.
O futuro aponta para a integração entre métodos físicos, moleculares e digitais, criando protocolos híbridos e personalizados. A padronização de dados e o monitoramento longitudinal dos desfechos permitirão avaliar o impacto real dessas tecnologias sobre a saúde embrionária e neonatal. Assim, a seleção espermática deixa de ser apenas uma etapa técnica e passa a representar um elemento estratégico no sucesso da reprodução assistida moderna.
Autor: Dmitry Ignatov
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